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A lua, em toda sua mutabilidade, é o corpo celeste mais próximo da Terra. Sendo a primeira esfera sideral acima de nós, na astrologia clássica, todo o nosso mundo é tido como sublunar. Sendo ela, em suas transformações, que atua como o portal para a descida ou subida de todas as outras energias até o nosso plano, sendo crucial para as suas manifestações ou desmaterializações.
Sendo ela a intermediadora entre os mundos inferiores e superiores, é ela que distribui as forças de cima e de baixo em nosso plano, recebendo e partilhando as influências dos fluxos do nosso Universo conosco, aqui onde estamos. Sendo sutil, mas mais próxima do material, temos em seu ciclo o respirar do mundo, ditando o ritmo das marés e de tudo que é limítrofe, sendo espiritual mas também podendo afetar o físico, como poltergeists e outros fenômenos semelhantes.
Desta forma, o sobrenatural a ela se associa, assim como a clarividência e o plano dos sonhos. Tudo que não é apenas matéria mas tem a capacidade de a tocar tem em si a benção e a regência lunar. E é nisto que entendemos por qual motivo o estudo sobre a sua complexidade sempre foi tão importante dentro da magia. Afinal, nela estudamos e aprendemos com os fluxos do mundo para poder manifestar mudanças materiais através daquilo que não é só matéria.
Na magia astrológica clássica, por exemplo, a magia com constelações e estrelas fixas deve sempre ser feita observando as condições lunares. Além, é claro, da análise das demais conjunções, como algum trígono ou sextil, que pode existir no momento entre a lua e os demais corpos celestes. Tendo-se em consideração também o signo onde, no momento, ela se apresentar. Nisto, temos que os períodos onde a lua se encontra fora de curso, ou seja, quando ela está nos últimos graus de um signo, isolada, não fazendo nenhum aspecto com outros corpos celestes, sejam ruins para se começar qualquer coisa que você deseje que vingue. Assim como temos, dentro da grande maioria dos grimórios clássicos, recomendações de quando fazer ou evitar certos tipos de operações.
Não é necessário que você domine todos os saberes da Astrologia, principalmente da Tradicional, para que a sua magia tenha resultados satisfatórios. No entanto, é muito interessante que você tenha uma base básica de conhecimento sobre para fundamentar e aprimorar ainda mais suas técnicas. Principalmente para entender que a lua, como um lumiar, é interpretada pelo movimento da sua luz. Sendo a luz significadora da vida, do movimento e da força divina, temos sua ausência como paralisação, seu crescimento como progresso, seu ápice como poder e seu minguar como perecimento.
Assim, conforme a lua se esvazia e se enche da luz solar, temos o ritmo pelo qual vitalidade é doada ou retirada do mundo.
Sendo assim, quando ela se encontra em sua fase nova, ela está ausente de luz. E como ausência de luz é ausência de força e vida, paralização, não temos então sua influência de forma pronunciada. Estando o mundo no escuro, não somos vistos. Portanto, trabalhos que você não deseja que sejam notados ou detectados aqui podem surtir um ótimo efeito. Limpezas e descarregos podem ser beneficiados no sentido de se livrar de tudo aquilo que você não quer que siga com você por mais um ciclo lunar. Então coloque o lixo pra fora e trabalhe ausências. Se você desejar agir no escuro ou mesmo trabalhar com as sombras, o faça com cuidado.
Na fase crescente, coma a sua luz está em aumentando, podemos trabalhar naquilo que igualmente desejamos que progrida ou aumente em força e potência. Tudo que desejamos que avance ou que queremos que experimente ampliação e crescimento é favorecido. Sua palavra chave é o desenvolvimento.
Na fase cheia encontramos o ápice da luz e, assim como ela está em sua maior potencia, tudo que desejamos potencializar se beneficia. Repare que aqui não falamos de crescimento e nem de diminuição, mas de potência. O fortalecimento é sua palavra chave. E você pode fortalecer tanto trabalhos positivos quanto trabalhos negativos. Tudo depende de como você direciona o que você faz.
E na fase minguante, assim como a lua se esvazia de luz, podemos tirar a força antes outorgada as coisas, as fazendo minguar até sua morte. Aqui finalizamos trabalhos, e damos término aos mais diversos tipos de situações. Feitiços de reversão ganham uma força especial nessa fase. Assim como maldições que tenham por intuito minar, diminuir e decrescer as forças rivais. O enfraquecimento é a chave dessa fase.
Sabendo trabalhar na lógica da movimentação da luz, na sua ausência, no seu crescimento, na sua potência e no seu enfraquecimento podemos realizar nossos movimentos de acordo com o movimento dos fluxos do mundo. Não é obrigatório, claro, mas acrescenta e enriquece. Então, saiba como deseja agir.
Sobre a questão dos eclipses, em particular, veja aqui.
Até mais!
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