Primeiros passos – O Altar

Fonte: Arquivo pessoal

Nossos altares sempre são os maiores pontos de foco dentro das nossas práticas espirituais. Como já coloquei aqui, neles nos lembramos de quem realmente somos, do que nos guia, professamos nossas crenças, e projetamos nossa Vontade sobre o Universo.

Como elementos vivos, eles se moldam e se desenvolvem junto conosco, refletindo nosso caminho e nossa jornada espiritual. Se estamos dentro de religiões, ordens ou templos específicos, geralmente seguimos as diretrizes que nos são passadas sobre como montá-los e sobre como cuidar deles como Adeptos das vertentes específicas onde estamos inseridos. Sendo praticantes solitários, no entanto, desfrutamos de mais liberdade em nossas escolhas e atos. E aqui irei colocar algumas ideias para guiar aqueles que, como eu, são lobos solitários da Mão Esquerda. Me baseando nos meus estudos e nas minhas experiências particulares como luciferiana. Então, não trate nada aqui como o único jeito de se fazer nada nem como uma verdade absoluta, mas como uma sugestão!

Em primeiro lugar, escolha um local prático e seguro para montá-lo. Pode ser uma mesa num quarto que você separou apenas para suas práticas espirituais, pode ser uma boa prateleira em alguma parte segura da sua casa. Pode até mesmo ser uma maleta, como o altar itinerante que eu sugeri aqui. O importante é que seja um local funcional e adaptado a você, afinal, você vai tê-lo como seu local de desenvolvimento pessoal e, conforme você progredir, ele progredirá com você, se tornando um ponto onde o véu entre o mundano e o espiritual se tornará mais fino.

Em segundo, realize a limpeza do local escolhido. Inicie com a limpeza física mesmo e, logo após, faça uma limpeza energética. Para isso, como se fosse fazer um chá, coloque 150ml de água para ferver. Assim que começar a ebulição, desligue o fogo e coloque de duas a três colheres de sopa de folhas de eucalipto na água, dizendo: “Que o espírito das águas e do eucalipto aqui possam despertar e se unir, criando uma infusão única, capaz de purificar tudo aquilo que, com ela, limpo for.” Tampe a panela, ou chaleira, que você estiver usando e espere esfriar. Quando já estiver frio, coe, e passe essa infusão com a ajuda de um pano limpo no seu altar em formação. Você não precisa molhar demais o pano, apenas o umedeça e o passe. Faça isso com concentração, imaginando que o local está sendo limpo de todas as energias que nele estavam até o momento. Logo após, faça a energização.

Para isso, coloque um pequeno disco de carvão em brasa dentro de um suporte seguro e apropriado. Em cima dele, queime um pouco de resina de sangue de dragão. Quando a fumaça começar a subir, a passe por todos cantos do seu futuro altar, visualizando força e proteção sendo nele imbuídos. Quando terminar a defumação, coloque o suporte em cima do altar e, queimando um pouco mais de resina, com os dedos indicador e médio da mão com o qual você escreve acima da fumaça, desenhe um pentagrama invertido no ar. Feche os olhos. Inspire e expire profundamente três vezes enquanto visualiza o pentagrama no ar, em meio a fumaça, brilhando em fogo negro. Se concentre. Então diga:

“Pelo poder evolutivo que em mim se ergue e pela força da rebelião que meus atos perpetuam eu consagro este espaço como meu altar sagrado. Ponte física entre mim e os mistérios que se escondem além das minhas crenças, além dos meus desejos, além daquilo que atualmente sou. Ao Adversário que se ergue acima, portanto a Luz, reinando abaixo do Abismo. Que haja curiosidade, que haja questionamento, que venha a subversão, a bravura, o crescimento, a sabedoria e o poder. Que minha Arte aqui flua em indomável corrente. Me consumindo, me transformando, me erguendo e me forjando em negra chama. Pois em sabedoria, consciente e constantemente, me batizo.”

Erga sua mão direita para cima, enquanto estende a esquerda para baixo, com os dedos indicativo e médio estendidos e os dedos anular e mindinho dobrados enquanto finaliza:

“Pois assim é acima como abaixo. Está feito!”

Pronto. Agora caberá a você o que colocar ou não no seu novo altar. Por regra, ele deve ser adornado e construído como um reflexo da sua prática, do seu trabalho e de quem você realmente é. Refletindo a sua personalidade e a sua jornada. Pense nele como um símbolo, no microcosmo, do que você desenvolve no macrocosmo. Uma representação simbólica, no físico, dos poderes que estão além.

Eu sempre indico ter, em primeiro lugar, uma toalha de bom tecido para cobri-lo. Pode ser uma toalha preta com um pentagrama simples, como a da foto que ilustra esse texto. Castiçais ou suportes seguros onde acender velas também são importantes. As cores das velas que você vai usar dependerão bastante da sua prática e da intenção dos rituais que você for performar. Rotineiramente, você pode ter duas velas negras, uma de cada lado do altar, representando a sabedoria oculta e a Chama Negra. Ou duas brancas, representando a Luz do Espírito e os aspectos elevados da mente.

Incensários ou suportes para defumação também são importantes. Afinal, assim como as velas trazem o calor e a iluminação do Fogo, os incensos trazem a qualidade sutil e ativa do Ar. Dependendo das suas propriedades, eles trazem energia e movimento para o que fazemos, definindo o ânimo e a energia de nossos trabalhos. A Água pode estar presente em um cálice, trocada todos os dias para estar sempre limpa e fresca, trazendo fluidez para o seu espaço. A Terra pode ser representada pelo próprio pentagrama invertido, trazendo a materialização e a valorização saudável da nossa existência física.

Fora os Elementos, você pode colocar todos os instrumentos da sua prática em seu altar. As adagas, punhais e espadas, carregando a simbologia do Fogo ou do Ar, podem ser símbolos ativos e consagrados de Azazel, aquele que ensinou a humanidade a como forjá-los. Varas e bastões, trazendo a força do Fogo e da energia projetiva, podem trazer a força ígnea do próprio participante ou serem representações de Satã, caso estejam ali como o Forcado do Diabo. Espelhos, principalmente os negros, podem ser consagrados como portais para o contato com o plano espiritual, mitologicamente associados a Lilith por serem tidos como passagens para suas cavernas. Além dos incensos, para o Ar, elemento tradicional de Lúcifer, sinos também podem ser usados, Iniciando e fechando rituais, chamando ou despedindo forças e espíritos. Ainda no domínio do Ar e do intelecto, você pode reservar um espaço para o seu Diário Mágico e para os livros que você está estudando no momento. Para as forças das Águas, domínio de Leviatã, além do cálice você pode ter conchas e simbologias ligadas as serpentes e aos oceanos.

Os símbolos e sigilos relacionados ao que você desenvolve podem sempre estarem decorando tanto o altar quanto a parede atrás dele também. Você pode comprar bandeiras ou toalhas com eles para pendurar ou até mesmo os desenhar ou imprimir. Ativados, eles sempre estarão emanando sua energia tanto para você quanto para o espaço. Essas energias podem ser protetoras, defensivas, podem conferir bênçãos ou etc. Os mistérios daquilo que você faz estarão sempre com você.

Sugestões: Apesar da resina de Sangue de Dragão ser a mais indicada para esse pequeno ritual eu sei que ela não é uma resina fácil de se achar em muitos lugares aqui no nosso país então, se você não tiver acesso a ela, é possível queimar alecrim seco como substituição. Mas atenção, só faça essa substituição se realmente não tiver como usar a resina de Sangue de Dragão, ok? Além disso, outra sugestão é que você pode, ao invés de apenas desenhar o pentagrama invertido no ar com os dedos, criá-lo com as suas mãos. Para isso, posicione os dedos indicativo e mindinho de cada uma das suas mãos para cima enquanto abaixa os dedos médio e anelar, deixando os polegares retos. Aponte os dedos indicativo e mindinho para baixo e, para unir as mãos, junte ambos os dedos mindinhos. Você verá que os seus polegares formarão as duas pontas de cima do pentagrama, os indicadores serão as pontas direita e esquerda e os mindinhos, unidos, a ponta de baixo. Faça isso acima da fumaça, se concentrando e proferindo os dizeres da consagração da mesma forma.

Até mais!

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Atenção: A reprodução total ou parcial deste texto é proibida e protegida pela lei do direito autoral nº9610 de 19 de fevereiro de 1998. Proíbe a reprodução ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na internet, sem prévia consulta e aprovação do autor.

Altares Itinerantes – Como criar o seu

Fonte: Acervo pessoal

Que altares são pontos de conexão e de harmonização entre nós e nossa espiritualidade já vimos aqui. Porém, nem sempre conseguimos espaço ou temos as condições ideais para ter um altar fixo como gostaríamos, não é mesmo? Podemos estar morando no momento em locais onde não temos a liberdade ou a segurança para termos o nosso espaço, e isso nos leva a usar nossa criatividade e saber trabalhar dentro não só das nossas possibilidades mas das nossas limitações também.

A ideia de construir um altar itinerante me veio por fruto da necessidade. Nos últimos meses, por questões pessoais e familiares, eu precisei viajar muito entre o interior de dois estados diferentes, me dividindo entre passar metade de um mês em um local e a outra metade em outro. E a vida em constante viagem fez com que eu precisasse adaptar a minha estrutura a algo mais prático e mais fluido. Como é um recurso que pode auxiliar não só os viajantes como eu mas também pessoas em outras situações resolvi trazer a sugestão aqui para o blog!

A proposta é a de poder levar consigo, ou manter de forma discreta, uma composição básica com a qual você possa estruturar sua prática pessoal onde desejar. Um altar portátil. Vemos um conceito semelhante quando nos deparamos com a sugestão de, se por algum motivo ou período de tempo nos vemos tendo que esconder nossas práticas, podermos montar altares básicos em gavetas ou caixas. Como aqui a intenção é que você possa se mover livremente e viajar com ele irei indicar que você adquira uma maleta. Não precisa ser uma muito grande. Na verdade seu tamanho dependerá das suas preferências e condições pessoais. Eu comprei uma de um tamanho que considerei médio, de madeira, simples. Você pode procurar outros tipos. O importante é a praticidade.

O que você colocará na sua maleta dependerá do seu caminho espiritual e de como você pratica a sua própria magia. Eu pratico primariamente magia com o Elemento Água então coloquei meu pequeno cálice de cobre e algumas conchas, mas também adicionei alguns cristais para o Elemento Terra, meu castiçal de pentagrama e algumas velas para o Elemento Fogo e uma pena para o Elemento Ar. Também coloquei uma caixinha onde posso levar alguns amuletos mágicos meus como colares e pulseiras e alguns dos meus óleos. Sempre levo comigo um óleo de banimento, um de proteção, um para saúde/cura, e um para prosperidade/atração/sucesso. Como sou oraculista sempre tenho um Tarot e minhas runas comigo. Outras coisas que posso carregar são cadernos e canetas para minhas anotações, minha adaga ritualística, meu isqueiro, pequenas vasilhas para realizar ofertas, pequenos frascos com ervas e o que mais eu sentir que vou precisar.

Então, primeiramente, pense no que é essencial na sua prática. Se você tivesse que viajar hoje, o que você colocaria na sua maleta? Pense não só apenas no que é o básico para você mas também no que você precisaria para não ficar desprevenido perante as necessidades que você possui. Neste quesito, independente da sua vertente, carregue sempre consigo o que você precisará para realizar banimentos e realizar as suas proteções. Após tomar essas decisões e se organizar veja qual será o tamanho e o material mais indicado para sua maleta, pesquise locais e preços, e a adquira. Veja inclusive os tipos de fechadura. Se você pode ter uma com um fecho simples ou vai precisar de uma que você possa trancar com um cadeado ou similares. A limpe fisicamente primeiro quando a tiver em mãos, depois faça sua limpeza e consagração espiritual.

Pode ser simples como colocar suas mãos sobre ela e, fechando seus olhos, imaginar uma luz branca saindo de suas palmas e se espalhando sobre ela enquanto diz: “Que neste momento esta maleta possa ser purificada e limpa de todas as energias que ela possa ter retido ou entrado em contato em seu caminho até mim, até este momento, para que agora, em nome daqueles que me guiam e me protegem, pela força evolutiva que existe dentro de mim, ela possa servir como meu altar itinerante. Que através dela eu possa ter sempre comigo o que preciso para desenvolver meu poder e meu caminho espiritual. E que ela, nunca se perdendo de mim e estando sempre sob a proteção dos meus guias, me ajude a nunca me perder de mim mesmo, independente de para onde a vida possa me levar.” E pronto!

Se você preferir, pode usar algum outro método próprio também. O importante é que você tenha este momento para dar a ela sua nova utilidade. A imbuir da nova energia e propósito que ela terá daqui para frente. Nunca se esqueça que a intenção é essencial na magia. Então, você pode montar e organizar dentro dela o que você guardará e levará nela. A foto no começo deste texto foi tirada bem no começo da minha prática com a minha própria maleta. Eu a adaptei um pouco mais com o tempo, colocando pintados alguns símbolos de proteção e sigilos pessoais dentro dela também. Use sua criatividade, se adapte, e viva sua própria Arte!

Até mais.

Atenção: A reprodução total ou parcial deste texto é proibida e protegida pela lei do direito autoral nº9610 de 19 de fevereiro de 1998. Proíbe a reprodução ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na internet, sem prévia consulta e aprovação do autor.

Elementais da Natureza – As Ondinas

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Cartas do Tarot dos Orixás de Zolrak

Contido em cada um dos Quatro Elementos da natureza (Água, Terra, Fogo e Ar) existe uma energia e uma força específicas que ajudam na composição e no equilíbrio do nosso universo. Surgindo da emanação divina de cada um desses elementos, incorporando suas qualidades e cuidando de seu mantenimento, existem os Elementais. Seres que existem no plano etéreo de cada um dos elementos, cuidando tanto deles quanto da natureza em si.

De acordo com Papus, um dos mais famosos ocultistas franceses da virada do séc XX e fundador da Escola Hermética de Paris: ”O caráter essencial dos elementais é animar instantaneamente as formas de substância astral que se condensa em volta deles. Seu aspecto é variável e estranho: ora são como uma multidão de olhos fixos sobre um indivíduo; ora são pequenos pontos fixos luminosos rodeados de aura fosforescente.”

Cada um dos Elementos possui um tipo distinto de Elemental, com suas particularidades e personalidades únicas. Os Elementais da Água são as Ondinas. O nome delas é citado pela primeira vez por Paracelso, médico e alquimista renascentista suíço-alemão, na sua obra póstuma Liber de Nymphis, sylphis, gnomes et salamandris et de caeteris spiritibus, de 1658. A palavra Ondina seria uma derivação da palavra latina Unda , que significa onda. Com sua iconografia sendo muito ligada a das Ninfas gregas, elas são descritas como espíritos geralmente femininos que habitam as águas, sendo elas os mares, as nascentes, os rios, as cachoeiras ou os lagos. Dentro de sua classificação podemos encontrar quase todos os seres mitológicos ligados ao seu elemento, como as sereias e as nereidas.

Sendo muito conhecidas por sua beleza e sua habilidade com as artes (principalmente com a música), elas carregam uma personalidade naturalmente criativa e sensível. Seja em águas salgadas ou doces, quentes ou frias, rasas ou profundas, elas trabalham na manutenção do equilíbrio da Água em tudo que ele é, age e representa em nosso universo. Nelas temos todo o potencial do emocional, incluindo a sedução e a sensualidade. Em seu aspecto destruidor elas podem comandar furacões e tempestades, onde as marés e as enchentes invadem a terra, reclamando de volta o equilíbrio que foi perturbado seja por causas naturais ou por ação humana.

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Espaço do meu altar pessoal reservado para o contato com as Ondinas, com água, conchas e algumas pedras ligadas ao Elemento Água

Como se conectar com as Ondinas

Como regentes das águas, podemos entrar em contato com a força incrível das Ondinas através de nossos próprios sentimentos e emoções, com destaque para todos os locais naturais do seu elemento. Estar descalço a beira do mar, de alguma cachoeira, rio ou lago, bem como entrar na água nestes locais já nos aproxima delas, afinal, é o lar delas! Estar perto da chuva, de locais úmidos, de vapores, ou mesmo na cozinha enquanto a água é manipulada também pode ajudar.

Dentro do ocultismo, e da bruxaria natural, é comum usarmos cálices, conchas e velas brancas e azuis para as representar e chamar sua presença em nossos altares e rituais. Podemos reservar um pequeno espaço para elas em nossos lares, com representações e objetos ligados a água e aos seus seres, onde podemos com delicadeza chamar sua presença e energia para mais perto de nós. Naturalmente comunicativas e receptivas aos sentimentos humanos, elas reconhecem de forma sensível nossa presença quando tomamos a iniciativa de nos aproximamos delas. Podemos pedir seu auxílio para quaisquer assuntos que tenham ligação com os seus domínios, como por exemplo para harmonizarmos nosso psicológico e emocional, nos ajudando nos problemas que temos em nossas relações e também com nós mesmos.

Donas de uma sensitividade ímpar elas também podem nos ajudar com magias ligadas a intuição, vidência, sonhos e glamour. Bem como também podem auxiliar em nossos processos de limpeza e purificação, afastando de nós aquilo que nos causa dano. Sendo pelo método que for, sempre seja delicado, honesto e sincero com elas. Donas de uma grande compaixão, podem se ressentir muito com a mentira e a desonestidade, sendo quase impossível recobrar sua confiança uma vez que foi perdida. Então seja cuidadoso naquilo que faz e prudente naquilo que pede.

O Elemento Água

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Representações do elemento Água, com algumas cartas do Tarot dos Orixás de Zolrak

Regente das nossas emoções, do subconsciente, da intuição, e da própria magia a Água compõe 70% do nosso planeta e, curiosamente, está presente no nosso corpo nesta exata mesma porcentagem. Sendo um dos quatro elementos primordiais da natureza, sem ela nada se faria, sem ela não teríamos vida!

Como o princípio ”úmido” de todas as coisas, ela é um poderoso elemento condutor, fluindo, propagando, potencializando, multiplicando e espelhando. Ela é responsável por toda fertilidade e germinação da natureza. Em muitas linhas sendo considerada como a matéria primária de todo o Universo, de onde a vida teria surgido e evoluído, seu poder purificador, sua potência criativa e emotiva nos dá a capacidade de sempre estarmos em movimento, nos adaptando, criando e evoluindo. Nela temos a beleza, a arte, o amor, o sublime, assim como nossa veia empática que é capaz de nos conectar tanto com os outros em nosso meio como até mesmo com outros planos e formas de existência.

Algumas correspondências do Elemento Água:

  • Planeta: Lua e Netuno
  • Ponto Cardeal: Oeste
  • Polaridade: Feminina
  • Estação: Outono
  • Em nosso corpo: Rege nosso sangue, a linfa, os fluídos e os sistemas reprodutores (principalmente o útero)
  • Naipe do Tarot: Copas
  • Elementais: Ondinas
  • Chakra: Swadhishthana, o chakra sexual, que gerencia tudo o que circula no nosso corpo, dos líquidos até as emoções
  • Sentido: Paladar
  • Cores: Todos tons de azul, alguns tons suaves de verde, branco e prata
  • Signos: Câncer, Escorpião, Peixes
  • Botânica: Seiva, frutos e flores
  • Cristais: Água Marinha, Lápis-lazul, Pedra da Lua, Quartzo, Ametista, Pérola
  • Metal: Prata
  • Instrumentos: Cálices, recipientes que possam conter água, espelhos, oráculos
  • Verbo: Ousar
  • Sephira: Yesod
  • Número: 9
  • Divindades: Oceano, Poseidon, Anfitrite, Netuno, Afrodite, Ran, Tiamat, Ísis, Selene, Iemanjá, Oxum, Nanã
  • Seres mitológicos: Sereias, Ninfas, Tritões e alguns tipos de dragões

Na Magia 

Como regente de todas as emoções, podemos facilmente as trabalhar, e harmonizar, com a Água. Também é com a ajuda dela que podemos trabalhar nossos sonhos, nossa conexão astral, nossa intuição, nossa vidência e magia pessoal. Abençoando a fertilidade, o amor, e também a prosperidade, a força das águas pode nos auxiliar a fluir e a crescer, germinar, naquilo que desejamos. Beleza, atração, magnetismo são fortes nela. Bem como, na força dos mares e chuvas, também podemos encontrar proteção e nos purificarmos daquilo que nos faz mal. Podemos tanto nos blindar contra a influência alheia quanto aprendermos a influenciar as emoções e o imaginário, o desejo, daqueles que escolhermos. Sendo um elemento múltiplo, versátil, raras coisas não podem ser trabalhadas através da sua força e energia. Ao lado dela, precisamos apenas nos abrir a nossa própria criatividade e sensibilidade.

E aí? Como você costuma trabalhar com a Água?